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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

TRAGÉDIAS UM SINAL DO FIM DOS TEMPOS MODERNOS

TRAGÉDIAS UM SINAL DO FIM DOS TEMPOS MODERNOS
Como podemos ver os acontecimentos de nossos dias o que aconteceu em São Paulo dia 12/12/2009 que teve mais de 100 pontos de alagamentos não só no Município de São Paulo mais no Estado e demais Estados da Federação Brasileira como Rio Grande do sul,Santa Catarina,Rio de Janeiro e os tremores de terra em Natal,Paraíba e Pernambuco e as neves que tem caído na Europa e Estados Unidos de maneira feroz.
Como este que aconteceu no Haiti analisamos que no mundo existem 12 placas e que vemos o atrito entre duas placas a do Caribe e do Norte – Americana e que os Metoriológistas E Geólogos até podem ter uma explicação mais o esclarecimentos mais palpável esta na Teologia e quando estudamos a Teologia Sistemática e examinamos a Escatologia que faz parte do estudo das últimas coisas e olharmos para o Evangelho de Mateus no capítulo 24 e versículo 7 que o Senhor Jesus Cristo falou que haveria terremotos em vários lugares pois isto resultaria no olhar Escatológico concernente a sua vinda para Arrebatar a Igreja não somente isto podemos salientar ainda que as tragédias que estamos vendo acontecer no mundo e que muitas pessoas jogam a culpa nos Governantes apesar de que agora no caso de Haiti Eles tem mandado alimentos,roupas,remédios e dinheiro para abrigar as pessoas.
Mais o certo é que isto e uma demonstração que devemos ter uma vida santa e comunhão diante de Deus para que possamos estar preparado para estar junto com o Senhor Jesus Cristo por toda a eternidade.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

SEXO E PODER SÃO OS PRINCIPAIS ATRATIVOS PARA RECRUTAMENTO DE JOVENS PARA O TRÁFICO

Sexo e poder são os principais atrativos para recrutamento de jovens para o tráfico
Marina Lemle
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro
A sensação do poder armado e a conseqüente facilidade de conquistar mulheres são os grandes estímulos que levam crianças, adolescentes e jovens a entrarem para o tráfico, já que a atividade não rende mais financeiramente o que rendia há alguns anos. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa "Meninos do Rio: jovens, violência armada e polícia nas favelas cariocas", lançada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. O estudo foi promovido pelo Unicef e coordenado pela cientista social Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes.

Em entrevista exclusiva para o UOL, a autora contou que a capacidade das armas de atrair meninas - as chamadas "Maria Fuzil" - surgiu como um comentário constante nas entrevistas feitas com jovens, mães, lideranças comunitárias e técnicos de projetos sociais do Complexo do Alemão e de favelas e bairros da Zona Oeste do Rio. Além de sete grupos focais, reunindo 87 jovens, técnicos e mães, foi realizada uma pesquisa quantitativa executada por 14 jovens que entrevistaram 241 rapazes e moças de 14 a 29 anos.

Outra revelação do estudo é que as razões alegadas para a entrada no tráfico são as mesmas que as de saída ou não entrada. "A única coisa realmente comum a todos os jovens que ingressam no crime é a presença de grupos ilegais armados na esquina de casa", diz Silvia. Para a pesquisadora, enquanto durar o controle territorial por traficantes e milícias em favelas do Rio, alguns jovens, mesmo sem convicção, vão "experimentar a vida".

Veja abaixo trechos da entrevista, feita no final de semana no Rio de Janeiro.

O que estimula crianças e adolescentes a entrarem para grupos armados em favelas cariocas?
Silvia Ramos -Muitas vezes, as "causas" que explicariam porque um jovem entrou para o tráfico eram as mesmas que explicariam por que outro jovem não entrou. Famílias desestruturadas, falta de dinheiro, pais violentos, parentes envolvidos no tráfico... ouvimos de jovens que hoje estão na universidade que estas foram exatamente as razões para fugirem do crime e buscarem alternativas. As chamadas causas clássicas, sócio-econômicas, parecem hoje, mais do que em qualquer outro momento, muito frágeis para ajudar a compreender as forças que fazem de um trabalho que paga pouco e é perigoso ser ainda atraente para alguns.

Então o que os leva a correr tamanhos riscos?
Silvia Ramos -A capacidade das armas para atrair meninas surgiu como um comentário constante não só de traficantes, ex-traficantes e jovens de projetos, como de mães e assistentes sociais que trabalham com jovens nas favelas. Luiz Eduardo Soares e outros autores já tinham chamado a atenção para os aspectos simbólicos, ligados à afirmação e à visibilidade, envolvidos nas dinâmicas da violência armada. Mas certamente o que há de mais comum em todas as histórias é a presença, dentro da favela, na esquina perto de casa, de grupos armados ostentando armas e "mandando no pedaço". Como a "experiência", o "ir e vir", é uma característica da juventude contemporânea, experimentar a vida no crime poderia ser apenas uma passagem. Mas algumas vezes a passagem é fatal e esse garoto mata, morre ou vai preso.

Quais as principais conclusões do estudo?
Silvia Ramos -A conclusão principal é que é preciso ouvir os que estão no tráfico, os que saíram e os que trabalham no dia a dia das favelas com os jovens. Nós construímos estereótipos e certezas sobre o tráfico, as armas, as drogas e o crime, quando na verdade o mundo dentro dos grupos armados muda toda hora. Se quisermos entender o que está passando com esses meninos do Rio, precisamos ouvi-los. A segunda conclusão principal é: a única coisa realmente comum a todos os jovens que ingressam no crime é a presença de grupos ilegais armados na esquina de casa. Enquanto durar o controle territorial por traficantes e milícias em favelas do Rio, alguns jovens, às vezes sem muita convicção, vão experimentar "a vida", como eles dizem. Mas essa experiência às vezes é definitiva. Para o próprio ou para outro. O mesmo se passa com os carros, a velocidade, os esportes radicais, o risco e tantas coisas que "atraem" na juventude. Se não houver blitz, polícia, pardal e multa impedindo que um garoto pegue o carro do pai e acelere a 120 por hora numa curva, alguns jovens sempre vão "experimentar" essa sensação de perigo. E alguns vão matar e morrer.

Quem são as principais vítimas e autores da violência letal no Rio de Janeiro e qual a relação com o foco do estudo?
Silvia Ramos -Morrem 50 mil pessoas aproximadamente por ano no Brasil vítimas de homicídio. Nossa taxa de homicídios é a sexta maior do mundo, com 26 por 100 mil. Nossa taxa de homicídio de jovens de 15 a 24 anos é a quinta maior, chegando a 50 por 100 mil. No Rio de Janeiro, tomando apenas os jovens, a taxa ultrapassa os 100 por 100 mil. Quando olhamos apenas para os jovens do sexo masculino negros e pardos aos 23 ou 24 anos, a taxa de homicídios do Rio chega a 400 por 100 mil. No Rio, a morte violenta tem cara, cor e endereço: é um rapaz negro morador de uma favela, ou de um bairro da Zona Oeste, usando bermuda e boné. Os autores desses homicídios - ainda que não existam estatísticas para comprovar - são predominantemente jovens envolvidos em dinâmicas de grupos armados, em geral traficantes de drogas, que vivem nas favelas. Mas não só: no Rio, a polícia mata mais de 1000 pessoas a cada ano. Sempre nas favelas e bairros pobres. Por isso o foco do estudo foram as favelas e bairros da Zona Oeste do Rio.

O que se pode fazer para mudar esse cenário?
Silvia Ramos -Cabe ao governo e à polícia retirar os grupos armados que dominam áreas da cidade pelos fuzis e granadas. Cabe a nós, como sociedade, pensar em alternativas para rapazes que tiveram passagens pela vida de bandidos, em geral têm baixa escolaridade, mas desejam experimentar a "emoção de fazer parte da sociedade" ou de "andar livremente por Copacabana, Ipanema e Leblon, de cabeça erguida", como disse um jovem que saiu do tráfico e há um ano tem sua carteira assinada por meio de um projeto do AfroReggae. O AfroReggae está fazendo hoje, com mais de uma centena de jovens, aquilo que os governos deveriam se preocupar em fazer com milhares de garotos que estão nas favelas ou saindo das prisões.

Por que alguns saem do crime e outros não?
Silvia Ramos -Um disse que a namorada engravidou e ele precisava arrumar a vida. Outro disse que pensou na mãe, outro que viu um amigo sendo morto. Muitos disseram que a vida no tráfico é muito dura - 12 horas de trabalho, ganhando pouco, sob muito risco e ninguém fica rico. "A gente cansa, a ilusão acaba", disseram. O fato é que, com algumas exceções, quase todos os rapazes que hoje se encontram no tráfico aceitariam experimentar um emprego com carteira assinada e largar as armas. Poder circular livremente pela cidade é uma atração muito forte para garotos que têm armas, algum dinheiro e "fama" na favela, mas não podem levar a namorada ou o filho ao shopping mais próximo. Poder dormir uma noite inteira sem pensar que a polícia ou o "alemão" pode entrar, é
um sonho que os que estão segurando as armas referem permanentemente.

Existem jovens que vivem uma "vida dupla"?
Silvia Ramos -Essa é outra novidade que encontramos. As identidades não são sempre puras, como "traficante", "estudante", "trabalhador", "bandido" ou "otário". Alguns garotos quando voltam da escola trabalham algumas tardes da semana na "endolação" (embrulhando as drogas), alguns trabalham de dia numa empresa e à noite ou no fim de semana prestam serviços para a boca. Outros são traficantes profissionais, mas paralelamente têm seus negócios inteiramente legais na favela. Se os negócios derem certo, planejam "sair do crime". Em resumo, as identidades instáveis, mutantes - ou as trajetórias ioiô, como denomina José Machado Pais - e a recusa aos rótulos também ocorre atualmente entre jovens de favelas e não só entre jovens de classe média.

Como é a hierarquia e a dinâmica no tráfico?
Silvia Ramos -A situação do tráfico nas favelas cariocas é bastante heterogênea. Não há mais padrões salariais, hierárquicos ou funcionais rígidos e a mudança ocorre não apenas de uma favela para outra, mas de uma semana para outra na mesma boca de fumo. O que predomina na maioria das comunidades é uma sensação de instabilidade, com chefes sendo mudados às vezes em semanas e muitos garotos novos tendo "muito poder", segundo palavras de traficantes e ex-traficantes entrevistados. Outra mudança importante é a mistura da função de traficante e de assaltante. É comum, em algumas favelas, que o traficante "vá para a pista" roubar, quando o movimento das drogas está fraco. Isso no passado era inconcebível e poderia custar a vida de quem desobedecesse.

E o crack?
Silvia Ramos -Ouvimos muitas reclamações e comentários indignados, inclusive de traficantes, sobre a entrada do crack e o estrago e degradação que está causando em algumas áreas.

O que mais mata os integrantes de grupos?
Silvia Ramos -Quando imaginamos as mortes nos grupos ilegais armados, sejam traficantes ou milícias, pensamos em grandes confrontos, onde o opositor é um policial ou um bandido de outra facção. Mas na prática mortes acontecem o tempo todo dentro dos grupos, por ciúmes, inveja, tensões interpessoais, familiares, namoros e às vezes por brigas típicas de adolescentes. A proximidade das armas contribui ainda mais para uma cultura masculina que naturaliza a resolução de conflitos na base do tiro. Um ex-traficante contou que era o "frente" da favela. Um garoto da boca foi pra rua e voltou com uma "twister", um tipo de moto. O frente pediu para dar uma volta, o garoto que trouxe a moto não deixou, disse que ele que roubou, a twister era dele. O "frente" disse: "tu tá pensando que tá falando com quem?" E disso desenvolveu-se uma disputa de "autoridade" que teria sido resolvida à bala se o garoto não tivesse cedido a moto. Típica briga de adolescentes. De fato, Alba Zaluar, nos primeiros estudos sobre os grupos armados - gangues, quadrilhas e galeras - chama atenção para este fato. Mas nas condições atuais, de crise e desorganização das bocas de fumo, há uma radicalização das decisões tomadas na base de disputas insanas e um aprofundamento da cultura da morte. Eu pessoalmente estou convencida que boa parte das "invasões" e tentativas de "tomadas" de territórios entre facções ou em confrontos com a polícia, que provocam tiroteios toda hora, mortes, perdas de armas, munições, dinheiro e drogas para os grupos... isso tem muito pouco de racionalidade econômica. O que predomina é uma lógica de gangue.

E as milícias, também reagem na base do tiro?
Silvia Ramos - Essa foi também a reação inicial das milícias quando finalmente a polícia resolveu combatê-las, no início do governo Sergio Cabral: jogaram bombas em delegacias, ameaçaram autoridades, executaram policiais, aumentaram as mortes. Mas passados quase três anos, tudo indica que vários grupos de milícia respondem com maior racionalidade econômica às investidas da polícia e tendem a se tornar menos visíveis no território, menos ostensivos e mais silenciosos, para manter a venda de sinal de televisão, gás, participação no transporte etc. O fenômeno é relativamente novo e não é possível ainda definir uma tendência definitiva, mas parece que a incapacidade dos grupos do tráfico de adaptar a venda das drogas no varejo a um modelo que não dependa do controle territorial armado - modelos que predominam em todas as outras cidades do Brasil - será uma das causas de sua decadência em várias favelas do Rio.

VAMOS FALAR SOBRE SEXO

VAMOS FALAR SOBRE SEXO

Elizabeth Pisani
É difícil saber o que acontece nos relacionamentos das outras pessoas. Mas há um ponto sobre o qual todos nós podemos ter certeza: nossos pais fizeram sexo. A maioria de nós, entretanto, não quer imaginar as explorações amorosas deles, e a maioria dos pais tampouco se preocupa em ficar pensando sobre os detalhes das vidas sexuais de seus filhos. Tudo isso torna a controvérsia sobre educação sexual nas escolas um tanto estranha.

As crianças atualmente aprendem os aspectos técnicos da reprodução nas aulas de ciências. Mas no Reino Unido, a partir de 2011, as crianças de 15 anos receberão educação sexual, quer seus pais queiram ou não, como parte de uma aula obrigatória sobre fatos básicos da vida adulta. Educação pessoal, social, de saúde e econômica (ou PSHE, na sigla em inglês, urgh!) cobre as alegrias e armadilhas dos relacionamentos e do sexo, junto com a segurança na internet, primeiros socorros e os problemas do vício e das gangues. A matéria fará parte do currículo nacional a partir dos cinco anos.

O problema é que os pais poderão optar que seus filhos não recebam essas aulas até os quinze anos. Parece estranho: se esse tipo de educação é importante, porque torná-la opcional durante a maior parte do período de escolarização? Ainda mais surpreendente, 30% dos adultos dizem em pesquisas que acham que os pais deveriam poder negar totalmente o acesso de seus filhos à educação sexual. "Os pais são os primeiros educadores de seus filhos", declarou o Serviço de Educação Católica da Inglaterra e Gales. E ainda assim, a verdade é que o "fator de repulsa" que existe ao pensar sobre seus filhos fazendo sexo torna os pais inapropriados como educadores sexuais. Vemos isso em estudos familiares que envolvem pais e filhos. Se você pergunta aos pais se eles conversaram sobre sexo com seus filhos, uma grande proporção dirá que sim. Se você pergunta às mesmas crianças, a maioria dirá que nunca teve uma conversa do tipo com seus pais. Os pais pensam que algo como "Você aprendeu na aula de biologia como os bebês são feitos? Sim? Então tudo bem" constitui uma conversa sobre sexo. As crianças acham que isso não conta.

Por fim, o debate sobre a educação sexual na Grã-Bretanha fica emperrado num argumento, entre os pais e o Estado, sobre quem faz melhor esse papel. Na realidade, ambos são escolhas imperfeitas - e os pais deveriam estar entusiasmados com o fato de que as escolas estejam assumindo uma parte um pouco maior; isso tira um pouco da responsabilidade deles. Mas só um aumento da educação em classe não é suficiente: os jovens precisam fazer perguntas sem serem ridicularizados por seus colegas, e também checar informações que recebem dos amigos, em geral a fonte mais comum de "educação sexual".

Um sistema muito melhor com frequência é encontrado no mundo em desenvolvimento. Como em Uganda. Aqui a "ssenga", ou tia materna, é designada para contar às garotas que estão próximas ou na puberdade tudo o que elas precisam saber sobre sexo, homens e vida adulta. (Para os meninos, são os avôs que fazem esse papel.) É claro, na maioria dos países ocidentais, as famílias menores significam que poucas garotas de fato têm uma tia materna. Mas os pais podem facilmente designar um adulto confiável que compartilhe sua visão de mundo, goste da criança e possa ser mais objetivo no papel de conselheiro. Estou orgulhosa de ser a ssenga de honra das minhas afilhadas, e faria isso por qualquer outra criança de quem eu goste e que pareça confiar em mim.

Se tudo isso falhar, podemos fazer como fez Uganda; à medida que a epidemia de Aids reduziu o número de tias de sangue, surgiram inúmeros grupos de ssengas profissionais. Elas são treinadas em educação sexual e prevenção do HIV e fornecem conselhos para meninas e meninos. Por uma pequena taxa, seus filhos podem fazer perguntas para um adulto bem informado, evitando que você e ele fiquem envergonhados. Entretanto, uma vez que um em cada oito meninos (e metade disso de meninas) na Grã-Bretanha fazem sexo com 14 anos ou menos, seria um bom conselho encontrar uma ssenga para seu filho antes que ele faça 15 anos.

MÉDICO COREANO ENFRENTA AMEAÇAS DE MORTE DEPOIS DE CONVERSÃO PRÓ-VIDA

Médico coreano enfrenta ameaças de morte depois de conversão pró-vida
Peter J. Smith

SEUL, Coréia do Sul, 30 de novembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Depois de duas décadas vendo um grande número de pacientes chorando muitas lágrimas, já bastava para o obstetra Shim Sang-duk, que jurou que nunca mais realizaria abortos, um negócio financeiramente lucrativo na Coréia do Sul, noticiou o jornal Los Angeles Times. Mas recusar realizar abortos num país apelidado de “República do Aborto” carrega um preço excessivo para este médico: Shim tem de viver com ameaças de morte de mulheres que buscam aborto e não são atendidas. Ele também tem de viver sabendo que a perda de lucros provenientes de abortos poderá levar ao encerramento de suas atividades médicas.
Apesar disso, Shim continua fiel à sua decisão e está liderando um movimento de obstetras e ginecologistas para acabar com a prática do aborto na Coréia, transformando a profissão médica e incentivando o governo a impor uma antiga proibição ao aborto que é rotineiramente ignorada desde a década de 1970.
“Com o tempo, parei de sentir emoções”, Shim disse para o Los Angeles Times. “Vim a ver os resultados do meu trabalho exatamente como um pedaço de sangue. Durante a operação, eu sentia da mesma forma como se estivesse tratando cicatrizes e curando doenças”.
Shim atribuiu sua própria mentalidade pró-aborto em parte à antiga política de controle populacional da República da Coréia que durante décadas incentivava a profissão médica a fornecer aborto e contracepção às mulheres coreanas por motivos patrióticos.
“Eu apoiava o argumento do governo de que era certo fazer isso”, continuou Shim. “Era bom para o país. Estimulava a economia”.
O governo agora abandonou essa política, e está freneticamente agindo em direção oposta para salvar a nação de uma implosão demográfica provocada pelos próprios coreanos. Essa implosão ameaça minar a sobrevivência econômica e social da nação.
Contudo, a própria conversão de Shim na questão do aborto ocorreu porque ele observava a conduta das mulheres que haviam feito aborto. Ele notou que a maioria dessas pacientes chorava depois do aborto, mas as lágrimas o perturbavam porque elas eram bem diferentes das lágrimas das mães que haviam dado a luz. “Esse era um tipo diferente de lágrimas”, disse ele.
Shim realizou seu ultimo aborto a pedido de uma paciente antiga que lhe implorou que matasse seu bebê em gestação, muito embora ele já tivesse parado de realizar abortos. Depois de dar a ela aconselhamento extensivo, Shim cedeu, mas a mulher chorou como as outras mulheres, vistas por ele, que haviam feito aborto propositado, e essa foi a última vez que ele quebrou sua regra.
As pacientes que entram no salão de entrada da clínica de Shim podem ler um quadro que explica sua nova perspectiva pró-vida e sua posição na questão do aborto. “Os abortos, que rejeitam a valiosa vida de um feto, são a própria desgraça para o país e para a sociedade, bem como para as mulheres grávidas, famílias e médicos pediatras e ginecologistas”.
O aborto é um negócio lucrativo para os obstetras da Coréia do Sul. Considerando a taxa de natalidade excessivamente baixa (1.09) e a mentalidade de aborto do país, a prática se torna quase necessária do ponto de vista financeiro para os mais de 4.000 médicos pediatras e ginecologistas, pois aproximadamente de 43 por cento a três quartos das gravidezes acabam em abortos propositados, não nascimentos.
O Ministério da Saúde dá as estatísticas oficiais para o aborto em 350.000 bebês abortados por ano, enquanto os partos chegam a 450.000 bebês por ano. Contudo, um exame da Assembléia Nacional revelou em outubro que o número de abortos na Coréia pode ser muito mais elevado: 1.5 milhão por ano.
Aliás, mais de um terço das clínicas de obstetrícia e ginecologia são projetadas para realizar abortos. A Associação Coreana de Obstetrícia e Ginecologia calcula que 60 por cento das clínicas de obstetrícia e ginecologia têm o equipamento para lidar com partos, enquanto o número de clínicas de obstetrícia e ginecologia em funcionamento continua a diminuir sem parar com mais de 200 clínicas tendo fechado suas portas entre 2005 e 2008.
A clínica de obstetrícia e ginecologia de Shim fazia um quarto de seus lucros da realização de abortos, e agora que ele parou de realizá-los, ele diz que muitas pacientes pararam de se consultar com ele — tantas que ele poderá também ter de fechar seu negócio. Algumas fizeram ameaças contra sua vida pelo fato de que ele recusou fazer um aborto nelas.
Apesar disso, Shim disse para o Times que sem aborto, ele se sente como “um jovem médico de novo”.
A fim de lutar contra o aborto tanto nas leis quanto na cultura, Shim fundou uma associação chamada Associação Coreana de Médicos Ginecologistas, que está incentivando outros médicos a abandonarem a prática de abortos e está exortando o cumprimento rigoroso da lei de aborto, com penas para os médicos que violam a lei.
Aproximadamente, 700 médicos deram seu apoio à nova organização, embora Shim tenha dito ao Times que até agora só 30 médicos concordaram em abandonar suas atividades de aborto.
Mesmo assim, a organização tem um site, que destaca as clínicas que não realizam abortos, e recentemente enviou panfletos informativos para 3.400 médicos coreanos lembrando-lhes que a criança em gestação ou “feto” tem o “direito de viver”.
Os esforços de Shim se juntam aos esforços oficiais do governo, que está finalmente aceitando as conseqüências de suas campanhas míopes de controle de população. Na semana passada, o Conselho Presidencial para o Futuro e Visão anunciou um projeto “Aumente o Número de Coreanos”, que dá privilégios e subsídios econômicos para mulheres que têm mais de dois filhos, e considera impor com um grau maior a lei que proíbe quase que totalmente os abortos, a fim de aumentar a taxa de natalidade da Coréia.
“Temos visto uma sociedade que promovia o aborto”, Kwak Seung-jun, líder do Conselho Presidencial, disse para os jornalistas na semana passada. “Há poucas pessoas que percebem que o aborto é ilegal. Temos de trabalhar para criar uma disposição onde o aborto seja desestimulado”.
Veja a cobertura relacionada de LifeSiteNews.com:
Demographic Implosion Spurs Panicked South Korea to Enforce Abortion Law
www.lifesitenews.com/ldn/2009/nov/09112512.html
Shanghai Starts Backpedaling One-Child Policy in Face of Demographic Implosion
http://www.lifesitenews.com/ldn/2009/jul/09072411.html
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2009/nov/09113006.html
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POR JULIO SEVERO