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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

VAMOS FALAR SOBRE SEXO

VAMOS FALAR SOBRE SEXO

Elizabeth Pisani
É difícil saber o que acontece nos relacionamentos das outras pessoas. Mas há um ponto sobre o qual todos nós podemos ter certeza: nossos pais fizeram sexo. A maioria de nós, entretanto, não quer imaginar as explorações amorosas deles, e a maioria dos pais tampouco se preocupa em ficar pensando sobre os detalhes das vidas sexuais de seus filhos. Tudo isso torna a controvérsia sobre educação sexual nas escolas um tanto estranha.

As crianças atualmente aprendem os aspectos técnicos da reprodução nas aulas de ciências. Mas no Reino Unido, a partir de 2011, as crianças de 15 anos receberão educação sexual, quer seus pais queiram ou não, como parte de uma aula obrigatória sobre fatos básicos da vida adulta. Educação pessoal, social, de saúde e econômica (ou PSHE, na sigla em inglês, urgh!) cobre as alegrias e armadilhas dos relacionamentos e do sexo, junto com a segurança na internet, primeiros socorros e os problemas do vício e das gangues. A matéria fará parte do currículo nacional a partir dos cinco anos.

O problema é que os pais poderão optar que seus filhos não recebam essas aulas até os quinze anos. Parece estranho: se esse tipo de educação é importante, porque torná-la opcional durante a maior parte do período de escolarização? Ainda mais surpreendente, 30% dos adultos dizem em pesquisas que acham que os pais deveriam poder negar totalmente o acesso de seus filhos à educação sexual. "Os pais são os primeiros educadores de seus filhos", declarou o Serviço de Educação Católica da Inglaterra e Gales. E ainda assim, a verdade é que o "fator de repulsa" que existe ao pensar sobre seus filhos fazendo sexo torna os pais inapropriados como educadores sexuais. Vemos isso em estudos familiares que envolvem pais e filhos. Se você pergunta aos pais se eles conversaram sobre sexo com seus filhos, uma grande proporção dirá que sim. Se você pergunta às mesmas crianças, a maioria dirá que nunca teve uma conversa do tipo com seus pais. Os pais pensam que algo como "Você aprendeu na aula de biologia como os bebês são feitos? Sim? Então tudo bem" constitui uma conversa sobre sexo. As crianças acham que isso não conta.

Por fim, o debate sobre a educação sexual na Grã-Bretanha fica emperrado num argumento, entre os pais e o Estado, sobre quem faz melhor esse papel. Na realidade, ambos são escolhas imperfeitas - e os pais deveriam estar entusiasmados com o fato de que as escolas estejam assumindo uma parte um pouco maior; isso tira um pouco da responsabilidade deles. Mas só um aumento da educação em classe não é suficiente: os jovens precisam fazer perguntas sem serem ridicularizados por seus colegas, e também checar informações que recebem dos amigos, em geral a fonte mais comum de "educação sexual".

Um sistema muito melhor com frequência é encontrado no mundo em desenvolvimento. Como em Uganda. Aqui a "ssenga", ou tia materna, é designada para contar às garotas que estão próximas ou na puberdade tudo o que elas precisam saber sobre sexo, homens e vida adulta. (Para os meninos, são os avôs que fazem esse papel.) É claro, na maioria dos países ocidentais, as famílias menores significam que poucas garotas de fato têm uma tia materna. Mas os pais podem facilmente designar um adulto confiável que compartilhe sua visão de mundo, goste da criança e possa ser mais objetivo no papel de conselheiro. Estou orgulhosa de ser a ssenga de honra das minhas afilhadas, e faria isso por qualquer outra criança de quem eu goste e que pareça confiar em mim.

Se tudo isso falhar, podemos fazer como fez Uganda; à medida que a epidemia de Aids reduziu o número de tias de sangue, surgiram inúmeros grupos de ssengas profissionais. Elas são treinadas em educação sexual e prevenção do HIV e fornecem conselhos para meninas e meninos. Por uma pequena taxa, seus filhos podem fazer perguntas para um adulto bem informado, evitando que você e ele fiquem envergonhados. Entretanto, uma vez que um em cada oito meninos (e metade disso de meninas) na Grã-Bretanha fazem sexo com 14 anos ou menos, seria um bom conselho encontrar uma ssenga para seu filho antes que ele faça 15 anos.

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